Arnaldo Cordeiro

Voluntário em Informática

Arnaldo Cordeiro

"E assim se perdeu um cineasta"

Em 13 de outubro de 1956 nasceu Arnaldo Rui Duarte Cordeiro, em Moscavide, Loures. Quis o destino que em 1977, numa manhã quente de uma segunda-feira de setembro, estivesse à porta do Laboratório Central da EDP, a apenas 500m de onde nasceu. 8h50, hora da decisão da sua vida, Conservatório Nacional para frequentar o curso superior de Cinema, ou entrar na grande empresa EDP e trabalhar com a eletrónica que o desafiava.
Perdeu-se provavelmente um Óscar para o melhor filme estrangeiro, mas concretizou-se uma carreira profissional de 40 anos que o enche de orgulho.
Senão vejamos: durante 20 anos foi a aventura da automatização da Rede de Transporte (mais tarde REN), o concretizar nas subestações de MAT a automatização e o controlo à distância do Despacho Nacional, a Telerregulação das Centrais de Produção, o dia-a-dia da tecnologia que colocava a EDP na vanguarda das suas congéneres mundiais. Equipas cheias de entusiamo e criatividade sem limites. Recorda o prazer que se retirava em cada sucesso, apesar do  cansaço de muitas horas de viagem, por um Portugal ainda sem autoestradas.
Em 1997 a EDP considera como segundo core-business as Telecomunicações. Sentiu o privilégio de ser um dos pioneiros na construção da ONI Telecom, milhares de Km de fibra ótica, ligando empresas através das novas tecnologias, a relação difícil com as autarquias para a realização das obras, as instalações de rádio nas grandes cidades (sofrendo com as suas vertigens
das alturas nas visitas técnicas), as longas reuniões com a Portugal Telecom, lembrando Golias e David (mas as nossas pedras eram certeiras). Durante 10 anos a ajudar uma empresa a crescer, garantindo um lugar de destaque no mercado das Telecomunicações.
Em 2007 a EDP decide desinvestir nas Telecomunicações levando a que regressasse à casa mãe. Regressou à origem tecnológica, a automatização da rede, mas agora na Rede de Distribuição. Novo desafio, como nos confessou, agora numa área onde as subestações eram mais pequenas, mas enormes na quantidade e nas dificuldades com origem na integração de várias empresas. As tecnologias de informação no auxílio à Condução. Ferramentas de vanguarda como o Business Inteligence (BI) para analise de dados da rede ou o Service Now (SN) para a gestão de avarias e de contratos de manutenção e ainda, potenciar as melhores práticas de gestão dos serviços com o ITIL (Information Technology Infrastructure Library).
Nesta fase da EDPD, iniciou a sua participação no voluntariado EDP com o parceiro JAP (Junior Achievement Portugal) em todos os programas de "Aprender a Empreender". Desde alunos do 1º Ciclo até ao ensino profissional. Divulgar as noções de empreendedorismo aos jovens de todas as idades. Anos de orgulho ao ver o entusiasmo de cada jovem que via a  concretização das suas ideias transformadas em modelos de negócio. O coração cheio por todos os sorrisos.
Após a pré-reforma, e apesar de estar ocupado a ensinar informática numa Academia Sénior, Modelismo Naval, Aquariofilia, Automatismos caseiros e a Escrita Criativa, faltava o Voluntariado. Sendo sócio desde 1992, confidenciou-nos que a arep era o desafio lógico para colocar os seus conhecimentos de informática ao serviço dos outros.
E refere, com palavras generosas: a ajuda aos nossos colegas mais carenciados, proporcionar momentos de convívio e diversão a quem tanto deu às empresas EDP e REN; a devoção de um grupo de voluntários que diariamente, e apenas pelo prazer de ajudar, são muitas das vezes uma voz amiga que nos escuta do outro lado da linha nos momentos difíceis, ou que nos garante aquele sorriso nos rostos cansados da vida.
O Arnaldo conclui: A arep continuará sem dúvida, a ser o apoio a todos os colegas que nesta fase da sua vida, necessitam de uma palavra amiga ou apenas de um momento para recordar.
Bem-Haja arep e todos os que com ela colaboram.
Bem haja também Arnaldo, dizemos nós.
3ºT/2019
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