2.a Jornada de Voluntários reforçou o espírito solidário

Teve lugar em Lisboa, nos dias 6 e 7 de Maio, a 2.ª Jornada de Voluntários da AREP. Um encontro que decorreu sob sentimentos mistos: de tristeza pelo desaparecimento de António Pita de Abreu, obreiro principal do conceito e organização da Jornada de Voluntários; de alegria pela oportunidade de reunir, pela segunda vez, a família de voluntários da AREP num encontro nacional.

Ser mais feliz

A Jornada, orientada pela empresa “My Change”, decorreu sob o lema “Ser Mais Feliz”. Os trabalhos obedeceram a uma desafiante agenda que envolveu os 70 voluntários da AREP presentes na Jornada, possibilitando que se conhecessem melhor, que trocassem ideias e experiências e que definissem práticas comuns, contribuindo, dessa forma, para consolidar a cultura AREP. Foi também objectivo da Jornada o reforço da importância e do papel de todos na construção de uma comunidade mais solidária e inclusiva, onde cada um é importante e faz a diferença. Patente no espírito da Jornada esteve sempre a convicção de que, através do compromisso e dedicação de todos, se torna possível contribuir para um envelhecimento mais feliz e activo, movido pelo respeito, prazer, capacidade, utilidade, reconhecimento e autonomia.

Os trabalhos – Dia 6 de Maio

No dia 6 de Maio, primeiro dia de trabalhos, a manhã começou com a apresentação dos participantes e do programa que os iria acompanhar durante os dois dias da Jornada. A programação começou com a actividade “Foto Aventura: Fotografar os nossos compromissos”. Esta acção decorreu na sequência de um desafio lançado previamente aos participantes, pedindo-lhes que enviassem fotos que seriam, depois, expostas num Mural na sala onde iria decorrer a Jornada. Expostas as fotografias, foi pedido às equipas que elegessem as melhores fotografias e as comentassem.

A seguir ao almoço, houve lugar a uma intervenção do Presidente da AREP. Carlos Vaz referiu que o encontro iria realizar-se sob os bons auspícios de António Pita de Abreu, ausente fisicamente, mas muito vivo e presente na memória recente de todos quantos se envolveram, sob a sua liderança, na concepção e organização da Jornada. Carlos Vaz relembrou o papel fundamental de António Pita de Abreu em todos os passos que levaram à realização da Jornada. Referiu o compromisso e a vontade que o moveram até ao fim, num extraordinário esforço de vontade e determinação, em circunstâncias muito difíceis, devido à precária situação de saúde em que se encontrava. Aludiu, depois, à recomposição dos órgãos sociais da AREP. A solução encontrada levou à sua subida ao cargo de presidente, tendo a vice-presidência sido assumida por Arnaldo Cordeiro, mantendo-se todos os outros membros da Direcção nas funções que já desempenhavam à data. Para todos os participantes, Carlos Vaz teve palavras de incentivo. Aludindo ao tema da Jornada “Ser Mais Feliz”, afirmou: “Vamos ser felizes. Devemos ser felizes, sempre!”.

No final da sua intervenção, pediu a todos que guardassem um minuto de silêncio em memória do Eng.º Pita de Abreu, em reconhecimento do homem bom e do amigo que deu exemplo, até ao limite das suas forças, do seu compromisso com a AREP.

Os trabalhos prosseguiram com a apresentação de um vídeo inspiracional de Mário Alonso Puig, sobre o tema “Envelhecimento Feliz”, a que se seguiu um trabalho de equipa à volta dos motores de motivação: Capacidade, Utilidade, Reconhecimento, Prazer, Respeito e Autonomia. Uma reflexão sobre o que nos move na nossa missão de voluntários, o que nos motiva e o que nos traz energia.

Seguiu-se, depois, a apresentação dos resultados do Questionário feito dias antes da Jornada aos voluntários sob o tema “Que voluntário sou eu, nesta Associação que somos nós?”. As equipas foram, depois, convidadas a debater o que mais os surpreendeu no Questionário, o que lhes pareceu mais relevante e positivo e as sugestões que podem ajudar a melhorar o desempenho da AREP. De entre as muitas propostas que foram apresentadas, destaca-se a necessidade de melhorar a comunicação e de se chegar aos mais novos, motivando-os para se tornarem associados da AREP. Deu-se como exemplo experimentar a comunicação através do boletim de remunerações ou aproveitar a Sãvida para chegar a um maior universo de potenciais associados.

Após o intervalo da tarde, a reflexão centrou-se na temática escolhida para lema da Jornada: “Ser Mais Felizes”. Aprofundou-se o conceito dos motores de motivação. E debateu-se as crenças que nos limitam, que muitas vezes nos dificultam e bloqueiam a acção. Nas mesas, as equipas discutiram as razões que os levaram ao voluntariado: o que nos move na nossa missão de voluntário; o que nos motiva; o que nos traz energia?

A equipa coordenadora da Jornada incentivou, depois, os membros das mesas a discutirem entre si em que medida se sentem úteis na actividade de voluntariado que que desenvolvem na AREP, incitando a que cada participante identificasse os seus momentos de glória, dando destaque ao motor de motivação “Utilidade”. Por fim, já a tarde ia avançada, e antes da pausa que antecederia o jantar em grupo, as equipas foram convidadas a destacar os aspectos mais positivos dos membros das suas mesas, através de um jogo chamado “Leque do Elogio”.

O jantar em grupo

As actividades do dia encerraram com um jantar em grupo no restaurante do hotel. Num ambiente de grande descontracção e boa disposição, os participantes tiveram mais uma oportunidade de conviverem e aprofundarem conhecimentos recentes e relações antigas, que em muitos casos, se contam por muitos anos, fruto da actividade profissional que os ligou nas diversas empresas do Grupo EDP e REN.

Os trabalhos – Dia 7 de Maio

Os trabalhos de dia 7 de Maio iniciaram-se logo pela manhã, com um convite aos participantes para se focarem no motor “Prazer”. Primeiro, oxigenando fisicamente, com uma curta sessão de ginástica; depois, oxigenando mentalmente, com recurso a um jogo de perguntas com cartas que motivaram um esforço de memória, síntese e troca de pontos de vista.

Depois da apresentação do vídeo motivacional “Acontecer os Sonhos”, a equipa de Líderes continuou os trabalhos numa sala separada, onde foram chamados a reflectir sobre motores que sustentam a Motivação: Respeito, Prazer, Capacidade, Utilidade, Reconhecimento e Autonomia.

Na sala principal, os restantes participantes foram estimulados para desenvolver a actividade “Eu pela lente dos colegas que apoio”, um exercício de autoavaliação à volta do motor de motivação “Respeito”.

Depois do intervalo para café, os participantes revisitaram os motores de motivação, elencando acções na base de um Plano de Acção e Partilha. Um ponto comum nessa reflexão foi a necessidade de formação específica para os voluntários, que nem sempre estão seguros do que fazer e como fazer.

Na parte da tarde, após mais um almoço em comum, foi lançado um desafio às equipas: construir “A Torre mais Alta”. Trabalho a que os participantes se lançaram com ânimo, alegria e humor. Às equipas foram distribuídos apenas três suportes: uma tesoura, uma resma de papel e fita-cola. Tratou-se de um jogo que apelava ao trabalho de equipa, à imaginação, à capacidade de organização, à definição de um modelo que atingisse a maior altura possível sem que se desmoronasse. Foi no meio de um grande entusiasmo e alarido que as equipas mergulharam na construção das torres, um símbolo de vontade e esforço colectivo e uma metáfora de conquista que se revelou um ponto alto dos dois dias da Jornada.

O ar da jornada

O ar da Jornada foi bem visível no vídeo realizado pela My Change. No ecrã correram imagens dos momentos mais importantes dos trabalhos ocorridos no primeiro dia da Jornada. Ficou patente o empenhamento e o entusiasmo dos participantes, bem como o envolvimento de todos em todos os momentos da bem desenhada agenda de trabalhos. Ao longo dos dois dias deste encontro de voluntários, nas conversas de corredor, nos intervalos para café, nos momentos em que se juntaram à mesa do almoço e do jantar, sobretudo em equipa, nas mesas de trabalho, havia um sentimento de união e partilha. E passavam, de boca em boca, palavras plenas de significado que definiam o ambiente da Jornada: reencontro, alegria, partilha, comunicação, aprendizagem, amizade, motivação, sintonia, harmonia e futuro, muito futuro.

O encerramento da jornada

No final dos trabalhos, o vice-Presidente, Arnaldo Cordeiro, focou a sua intervenção no esforço de digitalização que está em curso na AREP, na importância do Portal do Voluntariado e na utilização da videoconferência como instrumento de trabalho. Eugénio de Carvalho, pelo seu lado, quis dar ênfase à importância do apoio aos colegas com maiores dificuldades, tarefa em que a AREP se tem empenhado com esforço e dedicação.

A encerrar a Jornada, Carlos Vaz realçou a importância do encontro e teceu elogios à forma como a My Change conduziu os trabalhos. Terminou, referindo que estava convicto de que a Jornada se tinha realizado na forma e no espírito em que foi idealizada pelo Eng.º Pita de Abreu, e na qual se empenhou até ao fim.

Salvador Peres
10 de Maio de 2025

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